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Santa Faustina Nossa Mãe Espiritual!

Written By Irmãs de Jesus Misericordioso on domingo, 6 de setembro de 2009 | 08:03:00










Santa Irmã Maria

Faustina Kowalska






A Irmã Faustina Kowalska, conhecida em todo o mundo, apóstola da Misericórdia de Deus, é considerada pelos teólogos como fazendo parte de um grupo de notáveis místicos da Igreja.
Nasceu como terceira de dez filhos numa pobre, mas piedosa família de aldeões, em Glogowiec. No Batismo, na igreja paroquial de Swinice Warckie, recebeu o nome de Helena. Desde infância distinguiu-se pela piedade, pelo amor à oração, pela diligência e obediência, e ainda por uma grande sensibilidade às misérias humanas. Freqüentando a escola, não chegou a acabar a terceira série; como jovem de dezesseis anos deixou a casa familiar para ir trabalhar como empregada doméstica em Aleksandrów e Lodz, a fim de angariar meios de subsistência própria e de ajudar os pais.
O chamamento da vocação faz-se sentir desde os sete anos de idade (dois anos antes da Primeira Comunhão), embora os pais não concordassem com a idéia da entrada da filha para um Convento. Nesta situação, Helena procurava encobrir este divino chamamento mas, interpelada pela visão de Cristo sofredor e pelas Suas palavras de repreensão: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (D. 9) — tomou a decisão de entrar num Convento. Ia batendo a muitas portas de casas religiosas, todavia em nenhuma sendo admitida. Enfim, no dia 1º de Agosto de 1925, transpôs o limiar da clausura no Convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, na rua Zytnia, em Varsóvia. No seu Diário confessou: “Sentia-me imensamente feliz, parecia que havia entrado na vida do paraíso. O meu coração só era capaz de uma contínua oração de ação de graças.” (D. 17).
Entretanto, após algumas semanas sentiu uma forte tentação de mudar de Congregação, para onde houvesse mais tempo dedicado à oração. Nessa altura, Nosso Senhor, mostrando-lhe a Sua face dolorosa e chegada, disse... “Tu Me infligirás tamanha dor, se saíres desta Congregação! Chamei-te para este e não para outro lugar e preparei muitas graças para ti.” (D. 19).
Na Congregação recebeu o nome de Irmã Maria Faustina. O noviciado realizou-se em Cracóvia e foi lá que, diante do Sr. Bispo Estanislau Rospond fez, tanto os primeiros votos religiosos como, passados cinco anos, os votos perpétuos: de castidade, de pobreza e de obediência. Trabalhava nas diversas Casas da Congregação, porém esteve mais tempo em Cracóvia, Plock e Vilna, exercendo funções de cozinheira, jardineira e até de porteira.
No exterior nada deixava transparecer a sua muito rica mística. Cumpria assiduamente as suas funções, guardando com zelo a regra religiosa, era recolhida e silenciosa, embora ao mesmo tempo natural, serena, cheia de amor benevolente e desinteressado para com o próximo.
Toda a sua vida se concentrava numa efetiva aspiração a uma união cada vez mais plena com Deus e à colaboração generosa com Jesus na obra da salvação das almas. “Ó meu Jesus, — confessou no Diário — Vós sabeis que desde os meus mais tenros anos eu desejava tornar-me uma grande santa, isto é, desejava amar-Vos com um amor tão grande com que até então nenhuma alma Vos tinha amado.” (D. 1372).
A profundidade da sua vida espiritual revela-se no Diário. A leitura atenta dos seus apontamentos dá uma imagem do alto grau de união da sua alma com Deus: a grande comunicação d’Ele no seu íntimo e os seus esforços e luta no caminho para a perfeição cristã. Nosso Senhor concedeu-lhe grandes graças: o dom da contemplação, o profundo conhecimento do mistério da Misericórdia de Deus, as visões, as aspirações, os estigmas escondidos, o dom da profecia, de discernimento, e também o dom só raramente concedido dos esponsais místicos. Extraordinariamente dotada escreveu: “Nem graças, nem aparições, nem êxtases, ou qualquer outro dom que lhe seja concedido torna a alma perfeita, mas sim a união íntima com Deus. (...) A minha santidade e perfeição consistem na união estreita da minha vontade com a vontade de Deus.” (D. 1107).
O austero regime de vida e os esgotantes jejuns que ela própria se impôs, ainda antes da entrada para a Congregação, de tal maneira enfraqueceram o seu organismo que, já no tempo de postulante, foi necessário mandá-la para a Casa de Skolimov, perto de Varsóvia, a fim de melhorar a sua saúde. Depois do primeiro ano de noviciado vieram as dolorosas experiências místicas da assim chamada “noite escura” e, a seguir, os sofrimentos espirituais e morais ligados com a realização da missão que lhe era confiada por Nosso Senhor. A Irmã Faustina ofereceu a sua vida pelos pecadores e a este título passava por diversos sofrimentos socorrendo assim as almas. Nos últimos anos de vida aumentaram os tormentos interiores da dita noite passiva do espírito e os padecimentos do organismo: desenvolve-se uma tuberculose que lhe atacou os pulmões e os intestinos. Por causa disto esteve por duas vezes, e durante alguns meses, internada no hospital de Pradnik, em Cracóvia.
Fisicamente esgotada até ao limite, embora em pleno amadurecida no seu espírito, misticamente unida a Deus, acabou por falecer em fama de santidade a 5 de Outubro de 1938, contando apenas 33 anos de vida e 13 de profissão religiosa. O seu corpo foi depositado num jazigo do cemitério do Convento em Cracóvia-Lagiewniki e, durante o processo informativo da beatificação em 1966, transladado para a Capela.
Àquela simples religiosa, sem instrução, mas valorosa e de uma confiança sem limites em Deus, Jesus Cristo confiou a grande missão: a Mensagem da Misericórdia dirigida a todo o mundo. “Hoje estou enviando-te — disse — a toda a humanidade com a Minha misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo curá-la estreitando-a ao Meu misericordioso Coração.” (D. 1588). “És a secretária da Minha misericórdia. Eu te escolhi para essa função nesta e na outra vida.” (D. 1605); “(...) dar a conhecer às almas a grande misericórdia, que tenho para com elas, e animá-las à confiança no abismo da Minha misericórdia.” (D. 1567).


Nossa casa Mãe na Polonia, Mysliborzu. É a primeira casa da nossa congregação.

Quero destacar algumas citações do diário da Santa Faustina que fala claramente sobre o desejo de Jesus que haja uma tal Congregação! Quero mostrar também como Santa Faustina é a nossa mãe espiritual.

“29.06.1935. Quando conversava com o diretor da minha alma sobre diversos assuntos que o Senhor exigia de mim, pensei que me responderia que seria incapaz de cumprir essas coisas e que Nosso Senhor não utilizava almas tão miseráveis como a minha, para as obras que deseja realizar. Ouvi, porém, palavras de que Deus, na maioria das vezes, escolhe justamente almas assim para a realização de Seus desígnios. Este sacerdote, por certo guiado pelo Espírito de Deus, penetrou no mais íntimo da minha alma e nos segredos mais ocultos que havia entre mim e Deus, sobre os quais nunca lhe havia falado. E não o fizera, porque eu mesma não os tinha compreendido bem, e o Senhor não me havia ordenado claramente que falasse sobre isso. Esse segredo é que Deus está exigindo que haja uma Congregação que proclame ao mundo a misericórdia de Deus e que a peça para o mundo.” (Diário 436)

“Quando esse sacerdote me perguntou se eu não tinha inspirações a esse respeito, respondi que ordens claras eu não tinha, porém, imediatamente penetrou uma luz na minha alma e tive a compreensão de que era realmente o Senhor que me falava através dele. Em vão me defendia, dizendo que não tenho uma ordem expressa, porque, no fim da conversa, vi Nosso Senhor no limiar da porta, na mesma forma que está pintada a Imagem, que me disse: Desejo que haja uma tal Congregação. Isso durou apenas um instante. Não lhe contei isto, pois tinha pressa de voltar para casa e sem cessar repetia ao Senhor: “Eu sou incapaz de cumprir os Vossos desígnios, ó Deus.” É estranho, porém, que Jesus não prestasse atenção a esse meu lamento, mas concedeu-me luzes e entendimentos de quanto Lhe era agradável essa obra. Ele não levou em conta a minha fraqueza, mas dava-me a conhecer quantas dificuldades eu teria que superar. E eu, sua pobre criatura, nada mais sabia dizer a não ser que “Sou incapaz, ó meu Deus.” ( Diário 437)

“Hoje, o Senhor deu-me a conhecer, em espírito, o Convento da Misericórdia Divina, que embora muito pobre e bastante modesto, reflete uma grande interioridade. Ó meu Jesus, Vós me concedeis conviver espiritualmente com essas almas, mas talvez os meus pés lá não pisem. Mas bendito seja o Vosso Nome e faça-se o que planejastes.” (Diário 892)

“Hoje vi o convento dessa nova Congregação. Amplas e grandes instalações. Eu visitava cada peça sucessivamente. Via que em toda a parte a providência de Deus havia fornecido o que era necessário. As pessoas que viviam nesse Convento andavam, por enquanto, com vestes leigas, mas o espírito religioso reinava em toda a plenitude, e eu arrumava tudo como o Senhor desejava. De repente, fui censurada por uma das nossas Irmãs: “Como pode a Irmã realizar obras assim?”—Respondi: “Não sou eu, mas o Senhor por meu intermédio, e tenho autorização para tudo.” Durante a Santa Missa veio-me a luz e uma profunda compreensão de toda essa obra, e não deixou em minha alma qualquer sombra de dúvida.” (Diário 1154)



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