Helena Kowalska aos 19 anos. (Santa Faustina) |
"...Fui à capela com grande alegria e perguntei
a Jesus: Senhor, desta casa Vós me aceitais?
E logo ouvi uma voz que me dizia: ¨
Eu te aceito, tu estás no
Meu Coração... "D.14
Em Varsóvia (Polônia), Santa Faustina, procurou um lugar para si em diversas congregações religiosas, mas em nenhuma havia sido aceita, somente no dia 1 de agosto de 1925 se abriram para ela as portas do convento da Congregação das Irmãs da Mãe da Misericórdia. No entanto, para atender às condições, teve que trabalhar como empregada doméstica, para dessa forma conseguir seu dote, "enxoval pessoal".
O desejo de se consagrar totalmente a Deus lhe acompanhava continuamente e diante do seu chamado, a pedido da Irmã que a recebeu, pergunta ao Senhor da casa (a Jesus, no Santíssimo Sacramento, na capela da casa religiosa) se lhe aceita nesta congregação, neste exato momento, ouve de Jesus: "Eu te aceito, tu estás no Meu Coração." D.14. E ali foi aceita, finalmente aos 19 anos. A partir disso se inicia sua vida religiosa, onde Santa Faustina busca fielmente concordar com a vontade de Deus.
Diante desse exemplo de vocação, a cada dia precisamos nos conscientizar de que somos chamados pelo amor misericordioso de Deus. No evangelho de São Mateus lemos: “Eles deixaram tudo e o seguiram” (Mt 4, 20), este é o convite amoroso de Deus, um chamado que nos constrange e nos pede a ir além de nós mesmos. Esta é uma realidade que nos encanta, mesmo diante do grandioso mistério de que ela se reveste, ao ser chamado por este convite amoroso de Deus, muitas vezes nos questionamos sobre nossa capacidade de resposta, onde muitos trazem dentro de si, um misto de alegria e ansiedade em responder àquele convite para se doarem e também trazem um receio de não conseguirem, duvidando assim de sua capacidade. É preciso ter consciência que não é por causa de nossa capacidade ou títulos, mas unicamente pelo amor misericordioso de Deus que somos chamados. Como nos diz o Papa Francisco: “Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai” (Misericordiae Vultus).
Afinal, para cada escolha, e decisão que fazemos como essa, é preciso se preparar, estar de coração aberto e, acima de tudo, confiar em Deus e somente quando nos encontramos com o nosso carisma, as coisas começam a fazer sentido, os nossos olhos se abrem e compreendemos realmente o que Santa Faustina sentiu ao iniciar sua vocação religiosa tornando-a fiel em tudo.
0 comentários :
Postar um comentário